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Como Atrair, Engajar e Manter Voluntários: O Guia Essencial para OSCs

Você já parou para pensar que toda pessoa é, em potencial, um voluntário? No Terceiro Setor, o voluntariado organizado não é apenas uma ajuda extra, ele é a base do desenvolvimento social.


Mas como transformar essa intenção em ação concreta e duradoura? Baseado na metodologia da Parceiros Voluntários— uma organização que atua desde 1997 acreditando na transformação do mundo por meio da solidariedade — preparamos este guia sobre como atrair, engajar e, principalmente, reter talentos voluntários na sua organização.



1. Entenda o que move o Voluntário


Para atrair voluntários, primeiro é preciso entender o que eles buscam. Segundo a ONU e a Parceiros Voluntários, o voluntário é alguém que doa tempo, conhecimento e emoção sem remuneração, motivado pelo espírito cívico e solidariedade .


Mas o que leva alguém a bater na porta da sua entidade? As motivações vão muito além de apenas "ajudar":


  • Aprendizado: Eles querem aprender algo novo fora da rotina.

  • Propósito: Buscam incluir o projeto de vida do outro no seu próprio e encontrar uma causa inspiradora.

  • Cidadania: Querem ser parte da solução de problemas sociais e exercer a cidadania de forma concreta.

  • Experiência: O desejo de viver algo memorável que mude sua visão de mundo.


Esses são apenas algumas das motivações, pois cada pessoa possui a sua.


2. Defina o Tipo de Voluntariado


Sua organização precisa ter clareza sobre o tipo de ajuda que necessita. Não existe apenas um modelo, mas vamos pensar em duas categorias mais simples, como:


  • Voluntário Pontual: Atua em atividades esporádicas ou com tempo determinado (um turno, um dia).

  • Voluntário Sistemático: Compromete-se por tempo indeterminado, atuando no mínimo uma vez por semana.


Saber dessa distinção ajuda a alinhar expectativas logo no início. Ao mesmo tempo, que alinha expectativas de ambas as partes e reduz riscos para a entidade.


3. O Ciclo de Ouro: Acolher, Acompanhar e Avaliar


Para manter o voluntário engajado, o trabalho não pode ser improvisado. O voluntariado organizado exige três pilares de gestão :


3.1. Acolher


A primeira impressão é fundamental. A acolhida deve ser pautada pelo diálogo, cordialidade e, acima de tudo, clareza de objetivos. Pergunte-se:


  • Minha organização está preparada para receber voluntários?

  • Existe um setor ou pessoa responsável por eles?

  • O que a organização tem a oferecer a esses voluntários?


3.2. Acompanhar


Não basta recrutar é preciso integrar o voluntário na rotina da sua organização. A comunicação no dia a dia deve ser fluida. O acompanhamento garante que o voluntário não se sinta perdido e perceba o valor do seu trabalho.


3.3. Avaliar


A avaliação deve ser uma via de mão dupla. Utilize essas duas perguntas norteadoras:

  1. As demandas da organização estão sendo atendidas?

  2. As necessidades e expectativas dos voluntários estão sendo supridas?



4. O Poder do Feedback e do Reconhecimento


A retenção de voluntários está diretamente ligada ao reconhecimento. Ele pode ser formal (certificados, homenagens) ou informal (um agradecimento no dia a dia). O importante é lembrar o quanto ele é vital para a causa.


Além disso, o feedback é essencial para o crescimento de ambos. Para ser eficaz, o feedback deve ser:


  • Específico: Focado em comportamentos concretos, não generalizações.

  • Atual: Focado no presente, não em erros passados.

  • Construtivo: Dirigido a algo que possa ser mudado, sem juízo de valor.



5. Atenção aos Aspectos Legais (Checklist Rápido)


O voluntariado no Brasil é regido pela Lei nº 9.608/1998. Para garantir a segurança jurídica da sua OSC e do voluntário, lembre-se:


  • Termo de Adesão: É obrigatório. Uma via fica com a organização e outra com o voluntário.

  • Vínculo: Não existe vínculo Empregatício.

  • Menores de idade: Jovens de 14 a 18 anos precisam de autorização dos responsáveis.

  • Desligamento: Um termo de desistência deve ser assinado ao encerrar as atividades.


Organizar o voluntariado é fortalecer a teia social. Se sua organização quer mudar o mundo, comece organizando quem está disposto a ajudar. Como diz o lema: "Dá pra mudar, é só começar, a mão na massa é tudo o que você vai precisar".


E, para premiar sua leitura disponibilizamos a apresentação integral realizada pela Graziela dos Santos, presidente da Parceiros Voluntários.



 
 
 

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